A Estação Imagem (para saber mais informações sobre esta associação clica aqui), promoveu, este ano, a primeira edição do “Prémio de Fotojornalismo”.Paulo Pimenta, fotojornalista do jornal Público, acabou por ser o grande vencedor deste concurso, onde participaram 190 fotógrafos, com cerca de 5500 fotografias: a sua reportagem, composta por nove fotografias, sobre a desactivação da linha de caminho de ferro do Sabor acabou por atrair a atenção dos jurados.
Em 2011 realizar-se-á a segunda edição deste concurso, onde irão ser acrescentadas duas novas categorias – 'Vídeos documentais de Três Minutos' e 'O Ano Europeu de', que no próximo ano será do voluntariado" – àquelas que já houve este ano: “Notícia”, “Vida Quotidiana”, “Ambiente”, “Acção no Desporto”, “Artes e Espectáculo” e “Série de Retratos”.
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Susana Oliveira
Como tem vindo a acontecer até aqui, o método que vou usar para dar a conhecer esta jovem fotógrafa é uma breve entrevista.
O que despoletou o teu interesse?
Dolores Lopes
Mais uma vez, esta rubrica vai se debruçar sobre uma campanha da marca Nike. Contando com a participação do fotógrafo Terry Richardson, esta campanha publicitária apresenta como protagonistas atletas, como Sofia Boutella, que têm vestido uma simples camisola branca, claro está da marca, com o slogan saliente: "JUST A T-SHIRT".
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Mesmo que o slogan "grite" só uma t-shirt, não é bem essa a mensagem que a marca pretende transmitir. Basta atentarmos à pequena frase situada logo abaixo do slogan, nomeadamente: "The way that Sofia is just a back-up dancer" para percebermos que o que a Nike comunicar é que, apesar da camisola aparentar ser simples (unicolor, lisa e sem apetrechos) ela é muito mais que isso.
Nathalie Grandinho

Esta foto, captada por Kevin Carter, é uma das fotografias mais conhecidas entre aquelas que ganharam o Prémio Pulitzer e, arrisco-me a dizer, entre o mundo da fotografia em geral. Dona de uma beleza única, muito próxima do trágico, esta foto consegue despertar em nós um conjunto enorme de sentimentos. Falar de tristeza, revolta, incompetência, fragilidade ou dor será apenas inúmerar alguns, pois esta é uma daquelas fotografias que valem mais do que mil ou até dez mil palavras. Além de retratar a imagem de uma criança desnutrida, inanimada, o que, só por si, já é de uma força tremenda, esta fotografia mostra-nos ainda um abutre, símbolo de morte, e que parece estar apenas à espera que a criança faleça para a devorar, o que dota esta foto de um poder incrivelmente forte e absolutamente transtornador. Chocando o mundo inteiro, esta imagem contribuiu ainda para o suicídio do seu autor - Kevin Carter -, devido a uma forte depressão, provocada pelo facto de este pensar que poderia sempre ter ajudado a criança, para além de ter meramente captado este momento para a eternidade.
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Yousuf Karsh nasceu em Mardin, Turquia, a 23 de Dezembro de 1908. Ele cresceu durante o genocídio armênio, onde escreveu: "Eu vi os meus parentes a serem massacrados, a minha irmã morreu de fome enquanto nós éramos expulsos de aldeia em aldeia." Com 14 anos de idade, fugiu com a sua família para a Síria e, dois anos depois, seus pais enviaram-no para viver com seu tio George Nakash, um fotógrafo em Sherbrooke, Quebec, Canadá. George Nakash viu no seu sobrinho um grande potencial e, em 1928, levou-o para aprender com o fotógrafo John Garo, em Boston, Massachusetts, Estados Unidos. Karsh era o mestre das luzes do estúdio, uma das práticas distintivas de Karsh a iluminação das mãos do sujeito separadamente. Ele ficou conhecido por fotografar muitas das grandes personalidades e famosos da sua geração.
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Dolores Lopes










